A MORTE DE CADA DIA

E quem disse que o morto não ama?

Nunca amastes uma noite de sono.

Que descanse em paz

Para os que amam morrer

Os admiro com zelo

E grito de amor pela morte de

                            de cada dia.

Que sinto e não morro à noite

Que não sinto e morro de dia

Isso quando morro em paz.

ACOMPANHADO, PORÉM SÓ

                                                                                                           DEDICO AOS DESAMORES 

A solidão acompanha-me à noite.

Vem tocar-me trazida pela brisa da janela

A solidão embebeda-me com uma taça de vinho.

Ama-me com todo gozo;

Afaga-me em seus desejos tolos.

A solidão inebria-me, faz-me bem

As canções que me tocam

As horas que prolongam-se

As lagrimas que rolam

E o eu acompanhado esta só

As paredes me cercam

Os laços que prendem

O amor que mente

A mente, somente.

Mais Uma Vez

Mais uma vez se foi e deixou minha outra metade.

A que entreguei depois de tanto tempo.

Depois de amar-te.

De aprender, de chorarmos.

Juntos!

Pra que Declarações em Papéis presos a geladeira?

Pra que café da manhã na cama?

Pra que lençóis quentes se não esta?

Pra que meu Deus!

Pra que abraços forçados? 

Se as máscaras estavam pro outro lado.

Pra que amar.

Porque se foi mais uma vez?