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segunda-feira, 30 de maio de 2011

O Amado Sofredor.


Quem acredita que o amor é um sentimento bom, nunca amou.

O amor fere.
Sufoca.

O amor rouba vidas que se entregam umas as outras.

O amor fere.
Sangra.

O amor doi.
Mais eu aguento.



sábado, 28 de maio de 2011

Meu Eu Não Social

Meu eu não social separa-me
Isola-me
Denuncia-me essência solitária

O meu eu não social separa-me,
Limita-me,
Faz-me enxergar o mundo diferente;
Um mundo que é só meu,
Isola-me
No meu eu.



sexta-feira, 27 de maio de 2011

Acompanhado


E ele chegou e abraçou-me forte
Primeiro senti muito medo
Depois me aqueceu ardentemente


Ele encontrou-me na rua
Abandonado
Solitário

E fez-me companhia




quarta-feira, 25 de maio de 2011

O Fim


E quando não mais existir
E quando for só lembranças,
Ou uma foto na lápide?
E quando as pessoas lembrarem
E quando verem uma foto desbotada
E quando nem mais isso eu for
O que realmente eu serei ou fui um dia?
O importante não é o começo de tudo e sim o resultado final.




terça-feira, 24 de maio de 2011

As Flores Ainda Estão Você Não.


As flores que roubei dos jardins da casa branca,
Ainda estão no vaso.

Ainda estão vivas, iguais a ti na minha mente.

Só na mente!

Porque os espinhos que havia nas flores,
Já as encravei no meu coração.

O fiz sangrar.
O fiz esquecer

Mas minha mente quão teimosa é insiste em lembrar-te.
As flores estão no vaso

Só eu sem ti que estou vazio.



segunda-feira, 23 de maio de 2011

Dia Cinza


Em uma noite chuvosa, recebi teu chamado.

Pediu-me pra amar-te
E aceitei

Depois vestiu-se de mim
Sentiu-me como nunca antes
Despiu-me em desejos ardentes
Sussurrou que me amava
Enganava-me

Amanheceu.

Vestiu-se de mim e partiu
Numa manhã cor de cinza
Chovia e você indo pela rua estreita
Os pingos de chuva molhavam você e atingiam-me
Desfaçando-se as lágrimas que a menina da frente não via

Dia cinza, menina branca como porcelana, meu ser cor de solidão e você de preto indo pela rua estreita.



sábado, 21 de maio de 2011

Pobre Miserável



Peguei-me só
Em uma solidão que sufocou-me
Olhei para os lados e nada via
Olhei pro olhar avermelhado da criança que passava na rua
Olhei crianças nuas
Olhei mais além
Pessoas despidas de intelectualidade
Pobres

Miseráveis a ponto de não ter onde morar...
...nem o que comer.

Miséria é ser humano.

Olhei e vi crianças descalças
Imundas, e sem expectativas
Vivendo como bicho, sendo bicho não mais homem.
Olhei e vi a decadência da sociedade.
Estava lá.
Olhei e vi a pobreza.
Olhei e chorei junto dela.


quarta-feira, 18 de maio de 2011

O RETORNO DO FILHO ÓRFÃO


Chego a minha casa,
Abro a porta,

Olho.

Sala vazia,
Quartos impregnados de lembranças,
Cozinha empoeirada, e a mesa posta,
Pra tudo era uma festa,
Agora o que resta?

Recordações!

Retorno pela sala,
Quadros na estante, na parede,
Pessoas felizes que não mais o são,
Não existe mais pai, não existe mais mãe.
Fecho a porta,

Olho.

As poucas lágrimas que restaram,
Debulham-se em um rosto triste de filho,
Viro-me, olho mais uma vez.

E o que consigo ver com uma vista embaçada,
É só saudade.
Nada mais que saudade.



Dedico a meus pais,
 Antônio Alves e Maria Gomes
 
 
 

terça-feira, 17 de maio de 2011

Bem Amados


Nos dedos das mãos dá pra contar os amores de minha vida.

Vidas na minha vida.
Cumplicidade.
Amores de amores.

Foram poucos amores, mas foram bem amados.




Tenho no rosto uma máscara bem posta.

Sou cruel.
Sou mocinho.
Meigo, cavaleiro.
Carente.

Só não sou, eu mesmo.

Bem Me Que. Mal Me Quer


 
Bem me quer. Mal me quer.
Bem me quis. Mal me quis.

E de pétala em pétala o amor se desfaz.
De pétala em pétala a tristeza se constrói.
Isso depende da flor.

Ela escolhe o final, nós só aceitamos o destino que a natureza por natural que é nos dá.

Bem me quer...
...mal me quer...

Fiz num trevo, que decepção!
Bem me quer. Mal me quer.
Bem me quer.

Sobrou uma ultima pétala, que mal se quer desprender. Mas que foi vencida pela força bruta do que brinca com a sorte.

Ah! Se as escolhas da vida fossem sempre dessa forma.
Que escolheria com uma margarida, ou talvez, com uma flor envolta de pétalas vermelhas.

Um girassol quem sabe!
Bem me quer. Mal me quer...
...bem me quer.



segunda-feira, 16 de maio de 2011

Minha Caixinha de Sapato



Dia desses vasculhando meu armário,
Encontrei minha caixa de recordações.

Era uma caixa de sapado que, de tão velha amarela já estava.

Tinha de tudo um pouco.
Cartas, cartões, objetos, emoções.

Encontrei lembranças das felicidades vividas.
Das pessoas que mudaram minha vida.
Encontrei lembranças de você que um dia pensei amar.

De parentes que moram longe.
Da infância que tive no interior.

Encontrei objetos que ganhei,
Que roubei em atos inocentes, aventuras adolescentes.
Cartas de amores.

Cartões que me recordavam,
Presentes bem recebidos.
De pessoas que valeram apena conviver.

Na minha caixinha de sapado,
Na verdade tudo estava meio que amarelado.

Só as lembranças que estavam, cor de cereja.

sábado, 14 de maio de 2011

Eu Fiz Um Poema Pra Falar Dos Outros


Eu fiz um poema, Mário Quintana que o diz.
Mas o meu difere!
Não escrevo sobre quadros bem pincelados.
Sobre bares em ruelas.

Escrevo sobre os sentimentos,
Que afloram no pintor.
Que seu quadro lhe significa, não a mim.

Escrevo sobre os sentimentos,
Que machucam e apertam o peito do embriagado.
Que sofre e bebe por sofrer.
Talvez pela mulher amada, ou pelo simples prazer de embriagar-se.

Sabe-se lá.

Só observo a vida dos amantes e dos amores,
Que vivem nas ruas e que cheiram forte,
Seus sentimentos mais íntimos, que entranham nas roupas mal vestidas.

E póstumo serão lembrados, nas poesias eternas.

Eu fiz uma poesia pra falar dos outros.
E assim as fiz. Para eterniza-los.