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quarta-feira, 18 de maio de 2011

O RETORNO DO FILHO ÓRFÃO


Chego a minha casa,
Abro a porta,

Olho.

Sala vazia,
Quartos impregnados de lembranças,
Cozinha empoeirada, e a mesa posta,
Pra tudo era uma festa,
Agora o que resta?

Recordações!

Retorno pela sala,
Quadros na estante, na parede,
Pessoas felizes que não mais o são,
Não existe mais pai, não existe mais mãe.
Fecho a porta,

Olho.

As poucas lágrimas que restaram,
Debulham-se em um rosto triste de filho,
Viro-me, olho mais uma vez.

E o que consigo ver com uma vista embaçada,
É só saudade.
Nada mais que saudade.



Dedico a meus pais,
 Antônio Alves e Maria Gomes
 
 
 

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